segunda-feira, 21 de julho de 2014

PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA - Parte Baixa

Num dia só deu pra visitar o Mirante do Último Adeus e a Trilha dos Três Picos (3h10min pra subir e 2h40min pra descer). Voltaremos outro dia pra visitar as trilhas pras cachoeiras e o Museu Regional da Fauna e Flora. As fotos da trilha dos Três Picos estão na outra sequencia.












































































PARQUE NACIONAL DE ITATIAIA
Objetivos específicos da unidade
Proporcionar recreação, turismo ecológico e proteção da diversidade ambiental, assim como fornecer educação ambiental, controle de erosão e conservação dos recursos hídricos.
A proteção de amostras de floresta pluvial atlântica montana é um dos objetivos do Parna do Itatiaia, além de proteger amostras de ecossistemas de campos de altitude, espécies raras, ameaças ou em perigo de extinção. A proteção das nascentes de duas grandes bacias do Sudeste e a possibilidade de realização de estudos científicos visando o manejo da área são também seus objetivos que visam ainda a recuperação de áreas degradadas pela ação humana, conservação da diversidade ecológica do parques e recursos genéticos e proporcionar o visitante educação ambiental.

Histórico
O Parna do Itatiaia foi o primeiro Parque Nacional do Brasil criado em junho de 1937, no governo de Getúlio Vargas. Está localizado na divisa entre os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, na Serra da Mantiqueira.
A região já foi habitada por indígenas da família tupi da tribo conhecida como PURI que constituíram os primeiros nativos dessa região; estudiosos apontam essa tribo como colonizadora do vale do Paraíba do Sul.

Atrações
O Parque Nacional do Itatiaia se divide em dois ambientes: parte alta e baixa da unidade.
Na baixa, os atrativos são o Centro de Visitantes, cachoeiras, piscinas, trilhas na Mata Atlântica como: Lago Azul, Cachoeira Poranga, Piscina Natural do Maromba, Cachoeira Itaporanni, Cachoeira Véu de Noiva e Três Picos.
No Centro de Visitantes, é possível conhecer a exposição permanente “Descobrindo o Parque” que apresenta um acervo botânico, zoológico e petrológico, a exposição de montanhismo que resgata a história da prática no Parque e a “Calçada da Fauna”, que reproduz as pegadas de diversos animais da Mata Atlântica.
O Lago Azul é a atração mais próxima do Centro de Visitantes, a menos de 500 metros. O percurso leva à piscina natural do rio Campo Belo com área para banho.
O Complexo Maromba se localiza a 4km de subida apartir do Centro de Visitantes e reúne a piscina natural do Maromba (a 1.100 metros de altitude), a Cachoeira Itaporani (450 metros a partir da ponte no final de uma trilha que adentra a mata) e a Cachoeira Véu de Noiva (trilha se inicia no meio do caminho para a Cachoeira Itaporani que segue 200 metros.
Os Três Picos podem ser acessados por uma trilha íngreme de 6km pela Mata Atlântica, o que leva quase um dia caminhada. De cima, é possível avistar o Vale do Rio Paraíba, a Serra da Mantiqueira e a Serra do Mar. Seu acesso é mais recomendado com guia local.
Já na saída do parque, está o Mirante do Último Adeus, local com vista panorâmica e privilegiado do parque.
Na parte alta estão o Pico das Agulhas Negras, o Maciço das Prateleiras, o Vale do Aiuruóca e a Pedra do Altar.
O Pico das Agulhas Negras atinge 2.791 metros de altitude, o ponto mais alto do parque e o quinto mais alto do país. É permitido ao visitante caminhar até a base ou seguir até o cume. O acesso é feito a partir do Abrigo Rebouças. Até a base das Agulhas Negras são 1.300 m que podem ser feitos em 45 minutos. O maciço possui 17 vias de escalada em diferentes graus de dificuldade. Certos trechos de subida exigem experiência que só são possíveis com corda de segurança. A partir do topo do maciço das Agulhas Negras é possível a visualização panorâmica da região – Vale do Paraíba, maciço das Prateleiras e planalto mineiro. Possui escalada de diferentes níveis de dificuldade, atendendo a diferentes públicos.
A trilha do Maciço das Prateleiras tem seu início próximo ao final da estrada BR 485. O visitante tem a opção de caminhar apenas até a base ou seguir até o cume.
O Vale do Aiuruóca tem a cachoeira de água gelada que leva o mesmo nome e a formação rochosa Ovos da Galinhas. A caminhada é de nível moderada e se inicia a partir do Abrigo Rebouças.
Com 2.530 m de altitude, a Pedra do Altar pode ser alcançada em trilha que parte do abrigo.
No Parque Nacional do Itatiaia, é possível realizar as seguintes travessias:
• Travessia Ruy Braga: 2 dias de duração e se inicia no Abrigo Rebouças, que tem capacidade máxima de 20 pessoas por dia. O pernoite é permitido no abrigo Massena ou Água Branca a partir de agendamento. O início deverá ocorrer até às 10:00. Consulte regras para uso do abrigo Água Branca:http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/images/guia_visitante/Normas__Reserva_e_Uso_do_Abrigo_%C3%81gua_Branca.pdf
• Travessia da Serra Negra: se inicia no Posto Marcão, passa pelo Abrigo Rebouças e segue sentido Mauá com chegada na área de Santa Clara. Segue o mesmo caminho da Caichoeira Aiuruoca. Capacidade máxima de 40 pessoas por dia. O local permitido para pernoite é na área particular conhecida como Matão. Contato: posto.marcao@hotmail.com. O início deverá ocorrer até às 10:00.
• Travessia Rebouças – Mauá (via Rancho Caído): 2 dias de duração e se inicia no Posto Marcão, passa pelo Abrigo Rebouças e segue sentido Mauá com chegada na área de Santa Clara. Segue o mesmo caminho da Caichoeira Aiuruoca e prosseguindo em direção ao vale dos Dinossauros (nascente do rio Preto), seguindo pelo Rancho Caído, descendo pelo Mata Cavalo e chegando no vale das Cruzes. Capacidade máxima de 20 pessoas por dia. O local permitido para pernoite é apenas na área do Rancho Caído.
Seguem as diretrizes para as trilhas e travessias:

Aspectos naturais
A importância geológica da região é devida às elevações do planalto do Itatiaia, onde o Pico das Agulhas Negras, com 2.787m de altitude, é o sétimo ponto mais alto do Brasil. Outros picos, como a Pedra do Couto, com 2.682m, e as Prateleiras, com 2.515m, também destacam-se no planalto.
O Parque Nacional do Itatiaia é caracterizado por relevos de montanhas e elevações rochosas, com altitudes de 650 a 2.780 m, que se destacam sobre o planalto do Alto Rio Grande, nivelado a 1.900 - 2.100m; ao sul, formam as escarpas da Serra da Mantiqueira.
O maciço do Itatiaia é divisor de águas de duas bacias: a do rio Paraíba e a do rio Grande. O rio Preto drena a área nordeste do maciço e deságua no rio Paraíba. Para o sudeste, o rio Campo Belo, considerado o rio mais importante da região, acompanha o vale dos Lírios e desce até a cidade de Itatiaia que é abastecida com suas águas. A bacia do rio do Salto, no setor sudoeste, tem drenagem que abrange desde as Prateleiras e a Pedra do Couto até a Garganta do Registro e partes do maciço de Passa Quatro. A fronteira Rio de Janeiro - São Paulo é demarcada pelo rio do Salto. Na região noroeste, o rio Capivari drena grande parte do “esporão” da Capelinha e dirige-se para o rio Verde, formador do rio Grande. O rio Aiuruoca nasce na várzea do mesmo nome e dirige-se para o rio Turvo, outro afluente do rio Grande.

Relevo e clima
O Parque Nacional de Itatiaia é constituído por rochas intrusivas alcalinas dos maciços de Itatiaia, do Cretáceo Superior e por encaixantes do embasamento cristalino de idade pré-cambriana. Essas rochas sustentam relevo de montanhas e morros da serra da Mantiqueira e do planalto do alto rio Grande. Ocorrem, ainda, na área depósitos detríticos coluvionares e aluvionares quaternários que caracterizam grandes corpos de talus e planícies fluviais.
O Parque está implantado no maciço do Itatiaia, que é um compartimento de relevo que ocupa a borda do planalto do Alto Rio Grande, no contato com a serra da Mantiqueira. O Parna Itatiaia é caracterizado por relevos de montanhas e montanhas rochosas, com altitudes de 2.000 a 2.780m, que se destacam sobre o planalto do Alto Rio Grande, nivelado a 1.900 a 2.100m, e que ao sul formam as escarpas da serra da Mantiqueira. Ocorrem ainda, na área grandes Corpos de talus, desenvolvidos ao longo dos vales e no sopé das escarpas da serra da Mantiqueira, e pequenas Planícies fluviais.
Seu relevo é constituído por Planície fluvial, Corpo de talus, Montanhas e Montanhas rochosas de rochas como Gnaisses, Nefelinas-sienitos-foiaitos, Quartzo sienitos e Sedimentos coluvionares.
As condições climáticas: mesotérmico com verão brando e estação chuvosa no verão) nas partes elevadas da montanha, acima dos 1.600 m de altitude, e mesotérmico com verão brando sem estação seca nas partes baixas das encostas da montanha. No planalto, a temperatura média anual é de 11,4º C, sendo janeiro o mês mais quente com 13,6º C; julho é o mês mais frio com 8,2º C. A máxima absoluta apurada foi de 21,4º C, em fevereiro, e a mínima foi de 15,4º C, em julho. As geadas intensas são comuns nos meses de inverno, verificando-se com frequência granizo e, raras vezes, breves nevadas.

Fauna e flora
O Parque Nacional do Itatiaia se distribui em: Floresta Ombrófila Densa Montana, nas áreas onde a altitude varia de 650 a 1.500 m; Floresta Ombrófila Densa Alto Montana, acima de 1.500 m de altitude; Floresta Ombrófila Mista Montana em altitudes de cerca de 1.200 m com a presença de Araucaria angustifolia e Floresta Estacional Semidecidual Montana na vertente continental do parque, acima dos 500 m de altitude. Na parte mais acidentada e elevada do planalto, acima de 1.600 m de altitude, começam a surgir os Campos de Altitude.
Foram registradas 51 espécies de répteis, sendo nove espécies de lagartos e 42 espécies de serpentes. A fauna de lagartos deve ter, pelo menos, o dobro da riqueza apresentada e as serpentes poderão ser mais numerosas, alcançando 60 espécies. O Parna contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção.

Problemas e ameaças
As atividades ilegais na UC são difíceis de monitorar, assim como a aplicação dos instrumentos legais é baixa na região. O valor de mercado de recursos desta unidade de conservação é alto sendo de fácil acesso para atividades ilegais, além de existir uma grande demanda por recursos naturais.
A carência de recursos humanos também é uma das dificuldades para a preservação do parque, pois a contratação de funcionários é difícil.
A construção de infraestruturas no Parque tende a crescer, mas está espalhada em cerca de 15% do território, assim como o turismo e a recreação que também tendem a aumentar de forma ligeira.
A coleta de produtos não madeireiros permanece constante e se encontra espalhada entre 5 e15% do parque, assim como a caça, a extração mineral, a pastagem e a agricultura.
Os incêndios de origem antrópica permanecem constantes gerando um alto impacto e ocorre de forma espalhada no parque.
A questão fundiária é considerada o principal e mais grave problema do Parque. É preciso que desapropriar 20.000 dos 30.000 hectares que constituem sua área. A ação estratégica recomendada neste caso é a compra progressiva e programada das terras para a regularização. Dois mecanismos foram especialmente mencionados: o do banco de terras ociosas ou públicas que possam ser trocadas, a constituição de um Fundo Intermunicipal e Interinstitucional para a desapropriação, depredação de instalações e equipamentos por visitantes. Recentemente, o Parque recebeu recursos para melhorar sua infraestrutura em termos de instalações (elétrica, hidráulica, sanitários, abrigos), mas os problemas de manutenção continuam.
Ainda não se mencionou a necessidade de se colocar em operação um plano de gerenciamento do lixo com participação da comunidade (servi4Áo voluntário e remunerado).
A poluição industrial causada por Volta Redonda tem tido impactos sobre a fauna e flora do parque provocando no desaparecimento de alguns animais como o sapo (bio-indicador); presença de animais domésticos como cães e gatos que predam os pequenos animais do parque; gado que invade terras e degrada os mananciais. Outra ameaça é a extração predatória do palmito e de madeiras para lenha, móveis, construção . Outro ponto é que não há a aplicação de Critérios rígidos para a instalação de pousadas e hotéis na região. As pousadas que estão no interior do parque lesam o fisco e degradam, sobretudo, os recursos hídricos.

Fontes

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